Após as críticas de ambientalistas, a marca de luxo Burberry responde com o anúncio de que iria deixar de utilizar peles de animais nas suas colecções e de queimar os produtos que não são vendidos.
Estas críticas surgem depois de, em Julho, ter sido noticiado que a empresa teria queimado produtos no valor de 28 milhões de libras (cerca de 31 milhões de euros), totalizando mais de 100 milhões de euros em produtos queimados nos últimos 5 anos.
Apesar de numa primeira fase se ter defendido destas práticas, com a justificação de que a energia gerada pela queima dos produtos era captada, a empresa vem agora anunciar que irá abandonar definitivamente este processo. Declarando ainda que irá também deixar de utilizar peles de animais nas colecções, em particular a pele de raposa, coelho, marta e guaxinim.
Estas medidas foram já aplicadas na mais recente colecção, lançada em Setembro, sob a alçada do novo director criativo, Riccardo Tisci (ex-designer da Givenchy).
Apesar de ainda não ser claro qual o fim alternativo à queima de produtos, a empresa refere que os mesmos estão já a ser reutilizados, reparados, doados ou reciclados. O objectivo é reduzir a pegada ecológica para zero até 2022.
Infelizmente, queimar produtos que não são vendidos é uma prática comum entre as marcas de luxo, por prevenção de roubo de artigos não vendidos, ou revenda ao desbarato que pode provocar a desvalorização dos mesmos.