Saiu a minha última crónica sobre tendências na Revista SPOT.
Para quem quiser conhecer a revista, podem consultar todos os artigos em: https://www.facebook.com/Revista-Spot
Fica aqui o texto que escrevi. Espero que gostem. :
GREEN IS THE NEW BLACK
A preocupação com o planeta está na ordem do dia.
A consciência colectiva de que os recursos naturais estão a esgotar, a preocupação com o impacto ambiental e uma viragem das mentalidades para o ecológico e natural manifestam-se na macro tendência Eco-Sustentability Mais do que apenas reciclar, ou corrigir danos causados, as populações unem-se em torno de um objectivo comum: minimizar os danos ambientais, alinhando o nosso ritmo com o da natureza, aproveitando o que tem de melhor.
Muitas são as áreas que aderiram a esta tendência, e a moda, a beleza e cosmética não ficaram de fora.
Esta luta começou nos anos 60, e a partir daí muitas marcas e produtos bio aparecerem. Os produtos não são testados em animais, os ingredientes provêm do comercio justo, livres de aditivos e ingredientes químicos e possuem um selo de qualidade que indica quais os ingredientes naturais usados. Por outro lado, o slow fashion é mais valorizado, e a compra de peças em segunda mão já não é mal vista. A Política dos 3 R’s conquista cada vez mais marcas: reciclar, reutilizar, reduzir. Esta moda sustentável baseia-se na criação de produtos duráveis, feitos de matérias primas ambientalmente amigáveis como fibras orgânicas sem produtos químicos e fibras feitas de materiais pós-industrializados como plástico, resíduos têxteis e resíduos orgânicos.
Existem marcas e designers que só usam tecidos ecológicos, como em Portugal a designer Marlène Oliveira. No próximo dia 27 Maio irá decorrer o grande desfile Eco fashion promovido pela Amarsul, com 7 designers convidados, entre os quais Alexandra Moura.
A Timberland fez uma parceria com a thread, uma fabricante americana de tecidos sustentáveis, para criar uma coleção de calçados e bolsas criados a partir de garrafas de plástico reciclado pós-consumo. O campeão mundial de surfe, Kelly Slater, fundou sua marca de roupa Outerknown focada 100% em tecidos reciclados e sustentáveis. Utiliza os tecidos Econyl , um tecido de nylon criado a partir de redes de pesca e outros resíduos recuperados dos oceanos. Tal como a Adidas que criou uns ténis de lixo plástico dos oceanos!
A campanha “upcycling the oceans” da marca de moda espanhola Ecoalf, visa retirar toneladas de plástico do oceano para transforma em tecidos.
E a linha de roupas G-Star Raw for the Oceans inclui uma gama de produtos feito de denim que utilizam cerca de nove toneladas de plástico retirado do oceano. A icônica Levi Strauss & Co., juntou as mãos com uma start-up de tecnologia têxtil chamada Evrnu para produzir o primeiro par de jeans do mundo feito de resíduos de algodão pós-consumo 100% reciclados
Na área da cosmética, o grupo L'Oréal, por exemplo, começou esta caminhada há algum tempo, reduzindo a pegada ambiental e os desperdícios as emissões de Co2 e o consumo de água. , respeitando a biodiversidade e optimizando o packaging.
Wellthy, Relaxed and Spiritual: outra tendência, que traduz a nossa necessidade básica de viver em paz e harmonia, articulando o bem estar com a saúde, bem como a longevidade e a felicidade. Numa época marcada pelo hiperconsumo, pelo descartável, pelo excesso de tecnologia, focarmos-nos na natureza é assim uma lufada de ar fresco fomentando uma mente sã em corpo são. O consumidor quer sentir-se bem, combatendo o stress de muitas formas, e as praticas de adopção de hábitos de vida mais saudáveis são um escape. E sabe muito bem!